Atualmente, mais de um quarto dos automóveis que circulam nas estradas portuguesas têm mais de duas décadas.
Os números do envelhecimento do parque automóvel em Portugal foram divulgados numa conferência de imprensa promovida pela ACAP - Associação Automóvel de Portugal e revelam que mais de 26% do automóveis que percorrem as nossas estradas contam com mais de duas décadas. Este problema levou a ACAP a propor a reintrodução de mecanismos de incentivo ao abate de veículos em fim de vida.
No ano de 2000, este valor rondavam apenas 1% do total do parque circulante. No espaço de 23 anos, o número de carros mais de 20 anos em circulação aumentou 25 pontos percentuais em Portugal, representando 26%, o que corresponde a 1,5 milhões de unidades.
Também de acordo com a ACAP, em 2022, a idade média dos veículos ligeiros era de 13,5 anos (podes ler essa notícia aqui). Quanto aos ligeiros de mercadorias e pesados (de passageiros e de mercadorias) a média situava-se nos 15 anos.
Relativamente a 2021, a entidade divulgou que do total de 5,6 milhões de carros em circulação em Portugal, 63% tinham mais de 10 anos de idade e que a média dos veículos entregues para abate rondava os 23,5 anos.
Fonte: Away - Imagem da conferência de imprensa
Perante este cenário, para além das medidas de incentivo ao abate de veículos em fim de vida, a ACAP sugere o investimento no desenvolvimento da infraestrutura de carregamento para veículos elétricos, com a criação de mais pontos de carregamento por posto, numa ótica de aposta na eletrificação e consequente renovação do parque automóvel.
A associação defende ainda o reforço dos incentivos aos veículos elétricos no Fundo Ambiental, a simplificação da aplicação de incentivos fiscais, a harmonização e reforço dos pacotes de incentivos indiretos e a atuação ao nível dos preços finais para o consumidor, como forma de aumentar a previsibilidade e a transparência dos custos de carregamento.
Fonte: Away
