Ford regista patente de motor de combustão a hidrogénio

20 de abril de 2022 por

A Ford Motor Company terá registado uma patente para produção de um motor a combustão, mas a hidrogénio. Contudo, ainda não se sabe de esta nova tecnologia passará para a fase da produção ou não.

A mobilidade elétrica está cada vez mais a ganhar protagonismo e as marcas lutam pelas tecnologias mais avançadas. A Ford anunciou, já no início do mês de março, a decisão de dar maior independência aos departamentos que têm sido responsáveis pelo desenvolvimento de novos veículos elétricos. 

A concretização desta intenção foi levada a cabo através da separação da operação automóvel da marca da oval em duas divisões - a “Ford Model E”, responsável pelo desenvolvimento de todos os novos modelos elétricos e a “Ford Blue” pelo desenvolvimento dos modelos impulsionados por motores a combustão. Entretanto, e ao mesmo tempo que a nova divisão elétrica tem, atualmente, a seu cargo, o desenvolvimento de vários novos projectos elétricos, a divisão ‘Ford Blue’ terá, igualmente, entre mãos, um desafio não menos interessante: a criação de um motor de combustão a hidrogénio.

Segundo apurou a norte-americana ‘Muscle Cars and Trucks‘, a Ford terá já avançado com um pedido de registo de uma patente de motor de combustão a hidrogénio junto do Departamento de Patentes e Marcas dos Estados Unidos da América. O qual, segundo revelam os desenhos divulgados, apresenta algumas diferenças face àquilo que são os tradicionais motores a hidrogénio, cujo funcionamento é muito semelhante ao dos motores elétricos, com o gás a ser convertido  em eletricidade através da ação de uma célula de combustível.

Já a nova patente de motor da Ford anuncia um propulsor capaz de operar numa ampla faixa de valores lambda ar/combustível, com a recirculação de gases de escape (EGR) e o sincronismo das válvulas a serem usados, tal como nos motores de combustão interna standard, para controlar o processo de combustão.

Ainda de acordo com as informações disponíveis, este motor deverá ser capaz de valores lambda superiores a 2.00, o que significa uma mistura ar/combustível de pelo menos 68 partes de ar para 1 parte de hidrogénio. É necessário referir, ainda, que o desenho de patente inclui um sistema de injeção direta a enviar o hidrogénio para os cilindros, sendo que, teoricamente, esta solução permite oferece cerca de 15% mais potência que um motor a gasolina equivalente.


Fonte: Turbo

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