Empresa portuguesa vai instalar parques solares flutuantes nas barragens da Peneda-Gerês

10 de maio de 2022 por

A energética Finerge, sediada em Matosinhos, ganhou o leilão para a instalação de parques flutuantes em duas barragens do rio Cávado. Este encontra-se em território do Parque Nacional Peneda-Gerês e, em breve, a empresa irá trazer mais destes painéis flutuantes para as albufeiras de Salamonde, Vieira do Minho e Paradela, Montalegre.

A Finerege foi fundada há mais de 20 anos, dedicando-se à produção de energia sustentável. Afirmam ser "o segundo maior produtor de energia renovável em Portugal", operando 68 centrais eólicas e 17 parques solares em cerca de 46 concelhos portugueses e 3 províncias espanholas. 

“Esta é a primeira vez que a Finerge garante algum lote num leilão de solar, na terceira participação que faz. Esta conquista reflete a nossa aposta na área do desenvolvimento e inovação, para a qual criámos um departamento autónomo em 2020, focado na inovação e tecnologia, nomeadamente na área de armazenamento e solar flutuante. Estamos orgulhosos deste feito, sob o qual construiremos outros no curto e médio prazo”, partilhou, em comunicado à imprensa, Pedro Norton, CEO da Finerge, após conhecidos os resultados do leilão, em abril.

Pedro Norton defendeu também que Portugal e Espanha podem fazer parte da solução europeia para combater os custos da energia, tudo através das fontes renováveis. Durante a "Grande Conferência Negócios Sustentabilidade", organizada pelo Jornal de Negócios, o CEO defendeu que o nosso país tem condições ideais para produzir energia solar e eólica, levando a que nos pudéssemos tornar um exportador de energia renovável em grande escala. Contudo, as características das "interligações elétricas, nomeadamente, entre Espanha e França, na prática limitam e transformam, em termos energéticos, Portugal e Espanha numa ilha ibérica.".

Já no que toca aos projetos levadas a caba em Vieira do Minho e Montalegre, a Finerge, na mesma conferência, esclareceu que estes serão híbridos. Isto significa que para além do aproveitamento solar, também existirá exploração da energia eólica. Isto estará em sintonia com as centrais eólicas que a empresa possui numa "área relativamente perto" às duas barragens. 

Estaremos prontos, temos tempo agora para preparar tudo e estaremos prontos para começar a injetar assim que tenhamos o ponto de injeção aberto.” - Pedro Norton, CEO Finerge

O Governo leiloou a exploração de 263 megawatts (MW) de energia solar em sete barragens do país, tendo adjudicado um total de 183 MW, segundo avançou o Ministério do Ambiente e da Ação Climática. Além da Finerge, a EDP, através da subsidiária EDP Renováveis, obteve o direito de ligação à rede de eletricidade para uma capacidade de 70 MW em Alqueva (dos 100 que estavam a concurso).

O Governo leiloou a exploração de 263 megawatts (MW) de energia solar em sete barragens do país, tendo adjudicado um total de 183 MW, segundo avançou o Ministério do Ambiente e da Ação Climática. Além da Finerge, a EDP, através da subsidiária EDP Renováveis, obteve o direito de ligação à rede de eletricidade para uma capacidade de 70 MW em Alqueva (dos 100 que estavam a concurso). 

Fonte: O Minho

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